Mas afinal, o que é gestão ambiental? Hermerson Alvarenga
Falar de gestão ambiental e criar/pensar praticas para gerir o meio ambiente, é uma atividade que vem ganhando espaço no século XXI. Esse campo de trabalho, tem ocupado profissionais de todas as áreas, algo inusitado se compararmos a estudiosos do século XVIII e XIX, quando esse tipo de pratica era comum apenas a Ecólogos. Hoje em dia, profissionais de diversos ramos, seja Ecólogos, Assistentes Sociais, Médicos, Dentistas, Engenheiros, Pedagogos, Matemáticos, etc. trabalham com questões ambientais e abordam essa temática no seu cotidiano.
As discussões em torno do meio ambiente, tornaram-se mais profundas, a partir das discussões do Desenvolvimento Sustentável, onde reza que os recursos naturais devem ser utilizados de forma consciente para que possam ser aproveitados por essa geração e pelas gerações futuras. Logo, esse conhecimento intitulado de Gestão Ambiental visa à multidisciplinaridade, ou seja, profissionais de diversas áreas conectados a uma visão ambientalista que proponha projetos e os execute, pautados na correta exploração do meio ambiente.
Os profissionais em gestão ambiental, devem (re)ordenar as atividades humanas em sua relação com a natureza, de modo que essa cumpra e faça cumprir as legislações vigentes, e a escolhas de técnicas apropriadas para a execução de projetos voltados para a gestão do meio, além de elaboração de estratégias para minimização de impactos causado pela ação antrópica e até mesmo por catástrofes naturais que por ventura este espaço venha a ser ocupado pelo homem, ou para impedir um maior impacto ambiental. Essas, entre outras atividades, também fazem parte dos cuidados do gestor ambiental a criação de programas de reciclagem e principalmente de educação ambiental.
Gerenciar o meio, e, por conseguinte o território, indica fazer uma analise minuciosa e coerente para a implantação de uma ou diversas atividades econômicas para que haja um crescimento de uma determinada região, gerando assim um crescimento endógeno
¹. Mas há que se entender que antes fazer uma projeção para implantação de determinada tipo de atividade em uma dada região, é necessário primeiro, levar em consideração as características do local, sejam elas, físicas, ambientais, sociais, culturais, etc., para que ocorra assim de modo sustentado o endogenismo desejado.
Já há quem diga também que existem diferenças entre Gestão Ambiental e Gerenciamento Ambiental, reza-se que o primeiro diz respeito a toda e qualquer ação voltada para o interesse publico (reordenamento territorial e gestão de cidades, parques, bacias, etc.) e gerenciamento ambiental refere-se ao interesse privado (industrias, empresas, etc.).
No âmbito geral, o gestor ambiental deve agir como um importante agente capaz de dinamizar a economia, e ajudar as populações locais a crescerem economicamente, devendo ainda contribuir para melhorar o balanço econômico da área gerida e concomitantemente gerar empregos.
De modo geral a gestão ambiental é uma área do saber que busca produzir conhecimento que levem a criar atividades mais participativas e justas, respeitando as culturas locais, os valores, promovendo o bem-estar da população, conservando e preservando o ambiente, para que tudo que exista possa ser consumido pela atual geração, e pelas gerações vindouras.
¹O crescimento endógeno corresponde à endogeneização do progresso técnico, entendido como o aumento da eficiência na utilização dos fatores convencionais de produção, assentando sua base conceitual na consideração do aumento do estoque de conhecimentos como sendo o verdadeiro motor do crescimento per capita, prioritariamente à acumulação de capital físico ou humano. SILVA, J. A. S. (2007)