segunda-feira, 28 de fevereiro de 2011

Próxima Aula 12 e 13/03/2011.


A próxima aula do Curso de Educação e Gestão Ambiental ocorrerá novamente na Escola Santa Ana. A próxima disciplina é de DIREITO E LEGISLAÇÃO AMBIENTAL, será ministrada pela professora Claudinéia Duarte da Silva Gomes, sendo que a mesma possui graduação em Direito pelo CEULJI-ULBRA de Ji-Paraná (2003), especialização em Direito Civil pela UNESC - União das Escolas Superiores de Cacoal (2004), especializanda em Metodologia e Didática do Ensino Superior pela UNESC - União das Escolas Superiores de Cacoal, mestranda em Direito Internacional pela Universidade Autônoma de Asunció, sendo ainda Professora na Universidade Federal de Rondônia.

Lattes da professora: http://buscatextual.cnpq.br/buscatextual/visualizacv.jsp?id=K4755928T5


Sem mais.
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quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Dilênia, uma fruta exótica

Audalio Rodrigues de Mello

Esta semana um amigo me contatou pedindo informações a cerca de uma fruta um tanto quanto curiosa. Solicitei uma amostra da mesma para poder examina-la e ao chegar em minhas mãos o exemplar constatei que tratava-se de uma dilênia (Dillenia indica L.). Esta árvore que pode chegar a até oito metros de altura pertence à família Dilleniaceae (a família recebe este nome por que Dillenia foi o primeiro gênero descrito para a mesma), e é conhecida no Brasil por vários nomes populares, dentre eles os mais utilizados são: dilênia, maçã-de-elefante, flor-de-abril, bolsa-de-pastor, flor-de-abril, árvore-da-pataca, fruta-cofre, árvore-do-dinheiro.
A dilênia é uma árvore originária da Ásia Tropical. Encontra-se distribuída por toda a Índia, Bornéu e Filipinas, mas também pode ser encontrada em vários outros países de clima tropical. Suas folhas medem cerca de 30 cm de comprimento, são de coloração verde claro, com nervuras bem delimitadas. Suas flores são brancas, solitárias, parecem com as flores de magnólia (Magnolia grandiflora L.). Os frutos podem chegar a 20 cm de diâmetro e são formados por escamas que vão se imbricando, dando a fruta o aspecto de um botão de rosa. O florescimento ocorre a partir de janeiro e pode ir até outubro. A dilênia se torna muito bonita, pois ao mesmo tempo encontram-se flores e frutos de todos os tamanhos, variando do verde claro ao amarelo dourado. Quando plantada em vias públicas pode se tornar problemática e até mesmo perigosa, pois a quantidade de frutos produzida é muito grande, podendo cair em cima de carros e até mesmo de pessoas que estejam passando sob sua copa. Se considerarmos a família Dilleniaceae como uma família de humanos, pode-se dizer que a dilênia é “prima” da lixeira (Curatella americana L.) que é uma árvore comum do Cerrado.
Nos países de origem desta árvore, as folhas são usadas como lixas para polir madeira, além de outros utensílios como pratos e copos. A madeira é muito resistente, sendo empregada na fabricação de rodas hidráulicas, obras de carpintaria e na indústria naval, e lenha. Os frutos verdes são cozidos e empregados no preparo de picles. No Panamá, o fruto maduro é comido cru ou cozido ou no preparo de doces e sorvetes. O suco obtido pode ser usado para acidular, temperar e amaciar carnes, além de ser consumido como refresco. A sua ação terapêutica ainda está sendo estudada, mas alguns dados já são conhecidos. Popularmente é preparada uma tintura de seus frutos maduros para dores musculares e articulares. Mas possui uma ação incrivelmente rápida em inflamações e até mesmo analgésica se utilizada internamente. Existem alguns estudos mostrando que, para o tratamento de artrose, tem se mostrado um excelente coadjuvante. Como todos sabem, as articulações são pouco irrigadas e existe certa dificuldade do medicamento chegar até ao local para poder agir. Mas com a dilênia, ainda não se sabe bem como, a sua ação é muito rápida, amenizando a dor em poucas horas.

Por se tratar uma planta exótica, resolvi repassar as informações a cerca desta planta para que todos os leitores do blog tenham conhecimento e possam auxiliar as pessoas que a cultivam sobre a utilidade da mesma. Espero que tenham apreciado.


       
                                         
 
Imagens obtidas em: http://www.plantasonya.com.br/

Mas a final, o que é gestão ambiental?

Mas afinal, o que é gestão ambiental?
 Hermerson Alvarenga

Falar de gestão ambiental e criar/pensar praticas para gerir o meio ambiente, é uma atividade que vem ganhando espaço no século XXI. Esse campo de trabalho, tem ocupado profissionais de todas as áreas, algo inusitado se compararmos a estudiosos do século XVIII e XIX, quando esse tipo de pratica era comum apenas a Ecólogos. Hoje em dia, profissionais de diversos ramos, seja Ecólogos, Assistentes Sociais, Médicos, Dentistas, Engenheiros, Pedagogos, Matemáticos, etc. trabalham com questões ambientais e abordam essa temática no seu cotidiano.

As discussões em torno do meio ambiente, tornaram-se mais profundas, a partir das discussões do Desenvolvimento Sustentável, onde reza que os recursos naturais devem ser utilizados de forma consciente para que possam ser aproveitados por essa geração e pelas gerações futuras. Logo, esse conhecimento intitulado de Gestão Ambiental visa à multidisciplinaridade, ou seja, profissionais de diversas áreas conectados a uma visão ambientalista que proponha projetos e os execute, pautados na correta exploração do meio ambiente.

Os profissionais em gestão ambiental, devem (re)ordenar as atividades humanas em sua relação com a natureza, de modo que essa cumpra e faça cumprir as legislações vigentes, e a escolhas de técnicas apropriadas para a execução de projetos voltados para a gestão do meio, além de elaboração de estratégias para minimização de impactos causado pela ação antrópica e até mesmo por catástrofes naturais que por ventura este espaço venha a ser ocupado pelo homem, ou para impedir um maior impacto ambiental. Essas, entre outras atividades, também fazem parte dos cuidados do gestor ambiental a criação de programas de reciclagem e principalmente de educação ambiental.

Gerenciar o meio, e, por conseguinte o território, indica fazer uma analise minuciosa e coerente para a implantação de uma ou diversas atividades econômicas para que haja um crescimento de uma determinada região, gerando assim um crescimento endógeno¹. Mas há que se entender que antes fazer uma projeção para implantação de determinada tipo de atividade em uma dada região, é necessário primeiro, levar em consideração as características do local, sejam elas, físicas, ambientais, sociais, culturais, etc., para que ocorra assim de modo sustentado o endogenismo desejado.

Já há quem diga também que existem diferenças entre Gestão Ambiental e Gerenciamento Ambiental, reza-se que o primeiro diz respeito a toda e qualquer ação voltada para o interesse publico (reordenamento territorial e gestão de cidades, parques, bacias, etc.) e gerenciamento ambiental refere-se ao interesse privado (industrias, empresas, etc.).

No âmbito geral, o gestor ambiental deve agir como um importante agente capaz de dinamizar a economia, e ajudar as populações locais a crescerem economicamente, devendo ainda contribuir para melhorar o balanço econômico da área gerida e concomitantemente gerar empregos. 

De modo geral a gestão ambiental é uma área do saber que busca produzir conhecimento que levem a criar atividades mais participativas e justas, respeitando as culturas locais, os valores, promovendo o bem-estar da população, conservando e preservando o ambiente, para que tudo que exista possa ser consumido pela atual geração, e pelas gerações vindouras.


¹O crescimento endógeno corresponde à endogeneização do progresso técnico, entendido como o aumento da eficiência na utilização dos fatores convencionais de produção, assentando sua base conceitual na consideração do aumento do estoque de conhecimentos como sendo o verdadeiro motor do crescimento per capita, prioritariamente à acumulação de capital físico ou humano. SILVA, J. A. S. (2007)